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Lageado do Bugre - Lajeado do Bugre - Município desenvolve ações do projeto SPA Leiteiro

Lajeado do Bugre - Município desenvolve ações do projeto SPA Leiteiro

Data de publicação: 13 de julho de 2016
Hora: 10:10h



 


O projeto Sombra Pasto e Água (SPA), desenvolvido pela Emater/RS-Ascar no município de Lajeado do Bugre, visa promover o desenvolvimento rural sustentável, através do estímulo a geração de renda e a gestão da propriedade rural, buscando alavancar a quantidade e a qualidade do leite produzido no município. Desta forma, procura-se contribuir para o aumento da renda e qualidade de vida, promoção da organização de grupos e lideranças, incentivo à permanência no campo e a sucessão rural e apoio à gestão e ao planejamento familiar.


O município de Lajeado do Bugre desenvolve há cerca de um ano esse projeto de fomento a atividade leiteira. O projeto SPA envolve 100 famílias de agricultores através de visitas de assistência técnica e oficinas mensais nas comunidades, abordando assuntos de interesse das famílias. “O projeto SPA compreende a produção de pastagens perenes associadas a espécies forrageiras leguminosas de inverno e a sobressemeadura anual como componente básico para alimentação dos bovinos de leite. Esta consorciação contribui para o equilíbrio nutricional, a produção e a sanidade animal”, explicou o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, André Camargo Volpato.


Segundo ele, outro resultado importante do manejo dos animais em pastagens perenes é a melhoria da qualidade do leite. “Se os animais ficarem a maior parte do tempo em um ambiente com cobertura verde evita o contato direto com o solo, o que diminui o contato com os microrganismos responsáveis pelo aumento da Contagem de Células Somáticas (CCS) e Contagem Bacteriana Total (CBT) do leite”, afirmou.


Esse processo, além de promover melhorias na produção leiteira, beneficia também o solo dessas áreas. “Com a perenização das áreas temos uma drástica diminuição do revolvimento do solo com grades, sulcadores e demais equipamentos de preparo, além da eliminação da erosão superficial provocada pela chuva. Isso garante que o solo se reestruture física, química e biologicamente. Fisicamente porque os agregados do solo, formados pela presença de matéria orgânica, voltam a se formar, garantindo espaços porosos dentro do solo, fundamentais para a respiração dos microrganismos e organismos que fazem parte da biota do solo e das raízes das plantas forrageiras. Biologicamente porque a biota do solo volta a ter a proteção contra os raios solares e da chuva, garantidos pela cobertura total e perene da massa verde do pasto. Essa estrutura física e biológica do solo garante a melhoria das condições químicas de disponibilidade de nutrientes para as raízes do sistema de perenização das espécies. Com o aumento da matéria orgânica no solo, os níveis de fertilidade crescem vertiginosamente com o passar dos anos”, explicou o agrônomo.


A reestruturação do solo, a partir dos agregados e dos poros, garante a armazenagem de água, necessária para períodos de escassez. Outro fator importante é o aproveitamento dos dejetos líquidos e sólidos dos animais no solo e para a pastagem. A cobertura da pastagem perene e a presença de micro e macro organismos no solo garantem a incorporação desses resíduos excretados pelos animais ao sistema. A perenização das pastagens contribui para um menor impacto dos animais no solo, diminuindo a sua compactação pois a cobertura verde amortece esse impacto. O piqueteamento também contribui para redução da compactação do solo.


Além da perenização, a presença das árvores para o sombreamento e o bem-estar térmico dos animais também contribuem para a conservação do solo. Para disseminar essas técnicas e conhecimento, na semana passada, a equipe da Emater/RS-Ascar realizou uma oficina sobre bovinocultura de leite e conservação do solo na Linha Cordilheira, interior do município. Os agricultores que participaram da atividade debateram sobre a importância desses processos. A coleta de amostragem do solo foi um dos temas destaques da oficina. Ao final da atividade, os agricultores acompanharam uma prática de coleta, aprendendo a técnica de forma adequada.


Por Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar – Regional de Frederico Westphalen/Jornalista Marcela Buzatto


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