Quatro candidatos a melhor filme português
Quatro candidatos a melhor filme português
Data de publicação: 8 de abril de 2016
Hora: 10:00h
A Academia Portuguesa de Cinema divulgou os nomeados, em 19 categorias, para os Prémios Sophia 2016. "Amor impossível", de António-Pedro Vasconcelos, "Montanha", de João Salaviza, Yvone Kane , de Margarida Cardoso e "As mil e uma noites - volume 2", de Miguel Gomes são os nomeada Academia Portuguesa de Cinema, (APC) para os Prémios Sophia 2016, na categoria de melhor filme.
Curiosamente, "O Pátio das Cantigas", a fita portuguesa que conquistou mais espetadores em sala, surge apenas nomeada em categorias técnicas. Os eleitos foram escolhidos entre uma lista de 16 filmes estreados em 2015. Os prémios contemplam 19 categorias.
Prémios Sophia Carreira serão atribuídos à atriz Cármen Dolores e ao fundador da Cinemate, Fernando Costa
O anúncio foi feito, esta quinta-feira, na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa. Paulo Trancoso, presidente da APC, revelou também que os Prémios Sophia Carreira serão atribuídos à atriz Cármen Dolores e ao técnico de cinema, diretor de fotografia, produtor e fundador da Cinemate, Fernando Costa.
Como melhor realização estão nomeados Margarida Cardoso ("Yvone Kane"), António-Pedro Vasconcelos ("Amor Impossível"), João Salaviza ("Montanha") e Miguel Gomes ("As Mil e Uma Noites - Volume 2").
Para Melhor Atriz Principal as escolhas foram para Vitória Guerra, em "Amor Impossível", Beatriz Batarda, pela sua prestação em "Yvone Kane", Isabel Ruth por "Se eu Fosse Ladrão Roubava" e Soraia Chaves em "Amor Impossível". Como melhores atores surgem os nomes de José Mata, ("Amor Impossível"), Gonçalo Waddington ("Capitão Falcão"), Adriano Luz ("As Mil e Uma Noites - Volume 1") e David Mourato ("A Montanha").
As escolhas para Melhor Documentário em Longa-Metragem recaíram em "Pára-me de Repente o Pensamento", de Jorge Pelicano, "Volta à Terra", de João Pedro Plácido, "Portugal - Um Dia de Cada Vez", de João Canijo e Anabela Moreira e "Alto Bairro", de Rui Simões.
A cerimónia de entrega dos prémios decorrerá dia 13 de maio, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
O cinema português mostra grande vitalidade
O presidente da Academia Portuguesa de Cinema, Paulo Trancoso, defendeu a ideia de que as nomeações "contemplam mais ou menos os filmes mais significativos", sublinhando, contudo, que tal não significa que possa "haver uma ou outra falha".
Para este responsável "o cinema português mostra grande vitalidade. Da comédia ao drama, passando pelo filme de autor e pelo filme mais comercial, há toda uma diversidade que faz a riqueza do cinema português".
Quanto à escolha da atriz Cármen Dolores para o Prémio Sophia Carreira, Paulo Trancoso justificou que a decisão foi fácil. "Houve uma ligação quase sentimental ao tema dos Sophia deste ano, que decorrem sob o signo Amor no cinema português . A Cármen Dolores foi a intérprete no primeiro filme Amor de Perdição e isso criou uma analogia na própria direção da Academia quando discutiu os nomeados. Acho que é uma homenagem justíssima".
Relativamente à situação presente do cinema português Paulo Trancoso defendeu a ideia de que o setor está mais ou menos normalizado, depois de anos de turbulência, por falta de apoios. "Neste momento há um quadro ao nível dos concursos do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) que é um quadro normalizado, que proporciona que pelo menos haja um mínimo de cinema todos os anos. É óbvio que gostaríamos sempre que houvesse mais apoios, mas digamos que há uma razoabilidade que permite a produção dentre 20 a 30 filmes por ano".
Trancoso sublinhou ainda o facto de haver quem corra riscos ao nível do financiamento privado. "Há filmes que são subsidiados pelo ICA, como se sabe, mas há um grupo de outros, cerca de 20%, que contam com subsídios de entidades privadas. E esse complemento é importante no quadro anual do cinema português".
Por Jornal de Notícias
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