Comportamento - A expectativa autoenganada. Por Consuelo Pasqualotto Poloni
Data de publicação: 6 de novembro de 2012
Coluna: Consuelo Pasqualotto
Colunista: Consuelo Pasqualotto
Por que é tão intolerável perceber no outro (pais, cônjuge, filhos, etc) a ausência de acolhimento em algumas questões emocionais importantes? É o outro de fato que não atende a tal apelo, demonstrando insensibilidade, ou somos nós que esperamos algo que o outro não pode oferecer? Equivaleria afirmar que o outro igualmente se sente frustrado conosco quando espera algo que não dispomos?
As expectativas depositadas no outro, se não atendidas, podem causar frustração, raiva e tristeza, em graus que variam conforme a necessidade de cada um ser atendido em tais demandas. Várias expectativas são bem claras, cuja consciência permite que se elabore uma nova estratégia que vise a alcançar o desejo até então frustrado em outro momento oportuno. No entanto, há algumas expectativas que demonstram ser insaciáveis (normalmente relacionadas à ausência de atenção, reconhecimento, valorização), levando a um círculo vicioso de mal-estar resultante, chegando mesmo a se estender por uma vida inteira, caso não se enxergue a raiz da questão, que na maior parte das vezes não é evidente. Não obstante, é comum, e até cômodo, culpar outrem por tal infortúnio emocional, mas o que não se sabe é que tais expectativas (surgidas qual um mecanismo de defesa, o autoengano, presente na informação genética cuja preocupação é se adaptar e lograr a sobrevivência da espécie), que levam ao círculo vicioso da frustração, da raiva e da tristeza, se originam, via de regra, na infância, e acompanham a pessoa até a vida adulta, levando-a a manter um quadro antigo, mascarado e atualizado de “novas demandas”. Somente a séria autorrevisão (e psicoterapia) permite que se tome a devida consciência, e, assim, reduzam-se os efeitos de tal processo repetitivo.
O artigo completo você pode conferir em www.psiqweb.med.br de Armando Correa de Siqueira Neto que é psicólogo (CRP 69637), psicoterapeuta nos Centros Médicos da Santa Casa de Mogi Mirim, professor e mestre em liderança, palestrante e autor e coautor de livros e artigos.