Eduardo Leite não é um político tradicional – Adriano Kaufmann
Data de publicação: 29 de outubro de 2018
Coluna: Adriano Kauffmann
Colunista: Adriano Kauffmann
A novidade que veio da zona sul do estado venceu a eleição ao Palácio Piratini. Eduardo Figueiredo Cavalheiro Leite, nascido em 10 de março de 1985, chega ao Governo do Rio Grande do Sul aos 33 anos. Depois de terminar o primeiro turno como o mais votado entre sete candidatos, com quase 36%, Eduardo fez 53,6% o que corresponde a 3.128.317 votos no segundo turno, derrotando o atual governador José Ivo Sartori. Eduardo Leite é um político de Pelotas, cidade em que foi vereador, presidente da Câmara, secretário municipal e prefeito do município (2013/2016) pelo PSDB. Em novembro de 2017, assumiu a presidência estadual do PSDB gaúcho. É formado em Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Pelotas. Estudou Gestão Pública na Universidade de Columbia (EUA). Atualmente, faz mestrado em Gestão e Políticas Públicas na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo. Seu vice é o Delegado Ranolfo Vieira Junior.
Eduardo Leite menciona em suas falas que a política para ele tem sinônimo de missão e se demonstra contrário a reeleição. Em 2016, por exemplo, ele estava em primeiro lugar nas pesquisas para ser novamente prefeito de Pelotas. Por não querer a reeleição deixou a vaga de candidato para a sua vice, Paula Mascarenhas. Ao encerrar seu mandato em 2016 ele optou por se especializar e para isto foi estudar Gestão Pública na Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos em 2017. O fato de ele “recusar uma reeleição” e buscar qualificação chamou a atenção da Revista Américas Quarterly que o colocou como um dos 5 jovens políticos abaixo de 40 anos mais promissores da América Latina, não somente por estes motivos mas também porque no entender da revista, Eduardo saiu do convencional em um país aonde o político quer se manter no poder a qualquer custo. A Revista traz algumas frases sobre ele: "o prefeito de uma pequena cidade com grandes ideias de mudança no conturbado cenário político do Brasil"... "um jovem com grandes ideias para mudar o país"... "um homem que abraça a inovação, a transparência e a participação física". A revista menciona ainda que ele representa o tipo de político em falta no Brasil contemporâneo, pois ao contrário da maioria das pessoas da sua idade, Leite não desistiu de lutar contra o sistema político tomado por escândalos que afastaram muitos jovens. "Não faz sentido apenas ir contra o sistema político e não participar", disse ele à AQ. "Você tem que participar para mudar isso."
O que ele gosta sempre de destacar é que com a política ele tem a oportunidade de tocar a vida das pessoas, com o trabalho que pode desenvolver. Eduardo demonstra ainda uma grande capacidade de liderança, pois consegue transmitir otimismo para sua sociedade e engajamento aos que estão próximos.
O que mais chamou a atenção no resultado de sua eleição deste domingo é que na sua cidade, Pelotas, a cada 10 eleitores, 9 votaram nele, ou seja, as pessoas que conhecem seu trabalho em Pelotas aprovaram o seu nome ao Governo do Estado, dando um respaldo ao povo gaúcho.
Será que está surgindo um futuro candidato a presidente do Brasil aqui no nosso Estado? Eu penso que com a crise de nomes que o PSDB está tendo a nível nacional, Eduardo Leite tem tudo para ser candidato daqui 4 ou 8 anos.