“Aquela que tiver um sonho nunca desista!” Esta é a mensagem na nossa história inspiradora de hoje.
Data de publicação: 1 de dezembro de 2016
Coluna: Inspiração
Colunista: Inspiração
Há dias fiquei analisando , perdida em meus pensamentos, observando diversas pessoas com as quais convivo ou conheço e me questionei, sobre o que difere as pessoas de sucesso.
Fiquei refletindo... divagando...a maioria das pessoas querem a mesma coisa, felicidade, sucesso ,renda. Mas o que difere-as ? As que se dão bem, das que ficam patinado no mesmo lugar? Muitas vezes mesmo sendo da mesma família as visões se diferem...Então conclui que o que faz a diferença, o que impulsiona é a atitude! Coragem de fazer, inovar e acreditar!
Há dias atrás num dia de campo na região conheci a agricultora Marlene da Silva Martins do municipio de Jaboticaba, da comunidade Esquina Evangélica, que estava ali comercializando seus produtos. Conversa vai conversa vem...perguntei como ela iniciou e o que a levou a fazer panificados para venda.
Me contou que seu marido Jairo há 4 anos cultiva uma pequena horta e leva os produtos na cidade. Inicilamente, levava com uma bicicleta e vendia de casa em casa, no final de semana. Depois de um ano passou a mandar junto alguns pães e bolachas. Pois deu certo, vendia tudo!
Então após incentivos, resolveu se legalizar. Agroindustria Martins e Silva, este é o nome das delícias produzidas por Marlene. Agora vende para merenda escolar em duas escolas e dois mercados. Da bicicleta já evoluíram para uma carretinha para levar os produtos para a cidade, verduras, cucas, bolachas e pães. Tudo com gostinho caseiro!
A Marlene, esta mulher com 45 anos, me impressionou pela sua visão empreendedora e determinação. Está aí a atitude que falei! Quando perguntei se está feliz? Entusiasmada me respondeu que “se tivesse que trabalhar em outra coisa, não seria tão feliz!” Perguntei ainda o que ela diria para outras mulheres? A resposta foi muito firme: “Aquela que tiver um sonho, nunca desista!”
O cenário socioeconômico contemporâneo, marcado por profundas transformações, sugere novas formas de entendimento e posicionamento diante da realidade. Um dos aspectos que merece destaque refere-se à participação das mulheres nos processos de gestão, desenvolvimento e qualificação do meio rural. A mulher tem se tornado questão evidenciada e discutida, pois se constitui em fator determinante e diferenciador no que diz respeito à divisão social e cultural do trabalho e geração de renda. Historicamente o processo de inserção da mulher no mercado de trabalho mostra dificuldades para sua consolidação devido a aspectos culturais, salariais e a questões de gênero, inclusive no meio rural, pois além dos trabalhos domésticos, também são encarregadas de tarefas de compra e venda nem sempre consideradas relevantes para a receita familiar: venda de ovos, queijo e artesanato.
Nesse item, elas podem ficar invisíveis dependendo da relação construída. Muitas vezes, devido ao papel submisso na vida conjugal, a mulher não é consultada na realização dos negócios, por ser julgada como não conhecedora da realidade da propriedade ou considerada responsável apenas pelas tarefas do lar. Na contramão do pensamento historicamente patriarcalista, a liderança feminina tem marcado a gestão de empresas nacionais e multinacionais na contemporaneidade. Mulheres atuam em cargos de comando e chefia, tendo sob sua responsabilidade o destino das organizações que presidem. No campo, o desafio instalado para as agricultoras é superar a esfera privada que lhe proporciona a maternidade, delegando-lhes o papel de cuidadoras que valorizam a afetividade e passam a assumir, juntamente com o marido, a condição de atores econômicos, superando o fato de que, historicamente, as mulheres tiveram menos autonomia e preocupação com sua propriedade.
Quantas Marlene temos em nosso meio? Corajosas, que lutam, que constroem sua história e colhem as alegrias no dia a dia? Talvez ainda existam mulheres dependentes, sem autonomia, esperando um milagre... A Autonomia começa pela renda, o protagonismo está na atitude, depois vem a auto estima... ( a ordem dos fatores não altera ). É hora de colocar a mão na massa! Todos temos luz própria!
