No capítulo mais recente da Guerra no Oriente Médio, Israel foi atacado pelo Irã, deixando o mundo em alerta. Este incidente tem implicações globais, incluindo potenciais impactos para o Brasil, dada a natureza de globalização do mundo atual.
Falando sobre o assunto na Uirapuru, a docente da disciplina de Direito Internacional Privado da Universidade de Passo Fundo (UPF), Carla Della Bona, explicou que a situação é complexa, dada a longa história de conflitos na região. Nos últimos 10 anos, ela afirma que houve uma relativa paz na área, mas o recente acirramento das tensões é motivo de preocupação. Carla ressalta que, anteriormente, havia um conflito velado entre Irã e Israel, com o Hamas, supostamente apoiado pelo Irã, realizando ataques contra Israel, enquanto Israel retaliava contra o Hamas na Faixa de Gaza e o Hezbollah, localizado no Líbano, também representava uma fonte de tensão. Porém, este recente aumento na intensidade dos conflitos não apenas afeta diretamente as nações envolvidas, mas também tem implicações globais.
A professora conta que, atualmente, o mundo enfrenta três conflitos principais: entre Ucrânia e Rússia, que levou a aumentos significativos nos preços do petróleo devido à posição da Rússia como um grande produtor de petróleo; o conflito entre Israel e grupos como o Hamas, com repercussões na estabilidade geopolítica da região; e a tensão crescente entre Venezuela e Guiana, especialmente em relação ao território de Esequibo, que pode afetar a América do Sul como um todo.
Diante disso, além do impacto nos preços do petróleo e de outras commodities, questões como o fornecimento de energia e estabilidade financeira também podem ser afetadas. Carla destaca que as nações, incluindo os aliados dos envolvidos, estão monitorando de perto a situação e tomando medidas para mitigar os riscos. No entanto, a professora destaca que o planeta está atento aos desdobramentos e às possíveis consequências de um agravamento desses conflitos, incluindo o risco de uma Terceira Guerra Mundial, especialmente considerando o arsenal de armas nucleares entre algumas das nações envolvidas.