Marqueteiro de Ricardo Nunes (MDB) levou um soco de um integrante da equipe de Pablo Marçal (PRTB) durante confusão que ocorreu ao final do debate promovido pelo Grupo Flow, na noite desta segunda (23).
O candidatos à Prefeitura de São Paulo, autoridades e partidos políticos comentaram sobre a briga que ocorreu entre um assessor de Pablo Marçal (PRTB) e o marqueteiro de Ricardo Nunes (MDB) na noite desta segunda-feira (23), ao final do debate promovido pelo Grupo Flow.
O evento foi marcado por uma confusão no encerramento, e terminou com Marçal expulso por violar as regras nas considerações finais.
Na sequência, na saída do estúdio, o marqueteiro de Nunes, Duda Lima, foi agredido por Nahuel Medina, sócio de Marçal, com um soco e deixou o local ensanguentado.
Ambos foram para a delegacia onde o caso foi registrado como lesão corporal. Nahuel também afirma que foi agredido por Medina.
Veja a repercussão do caso:
- Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de SP
“Não dá mais para tolerar o que está acontecendo nessa campanha. Onde está o respeito ao eleitor que todo candidato precisa ter? Cadê o respeito à democracia que quem quer ser gestor precisa mostrar? Aonde vamos parar com tanta baixaria. As pessoas querem acompanhar o debate de ideias, querem ouvir as propostas que vão melhorar a vida delas. Tudo isso é lamentável.”
- Ricardo Nunes (MDB)
“Ele tomou um soco do nada, simplesmente do nada, simplesmente do nada. Ele estava parado, se você vê os vídeos, aí o cara foi e deu um soco nele de forma agressiva, covarde, absolutamente covarde.”
- Pablo Marçal (PRTB)
“Ele avançou, agrediu um integrante da minha equipe e ele, na reação, acabou desferindo um soco contra ele. Infelizmente, as pessoas tão sem esse equilíbrio emocional na nossa sociedade, é o que eu falo todos os dias.”
- Guilherme Boulos (PSOL)
“Houve agressões onde estavam os assessores, pelo o que a gente viu, troca de agressões, um assessor do Marçal agrediu um do Nunes, enfim, mas não tenho essa clareza por que eu não estava onde estavam os assessores.”
- Datena (PSDB)
“Não é mais em jogo uma candidatura à Prefeitura de São Paulo, está em jogo a democracia, o rito democrático da maior cidade do país, uma das 10 maiores cidades do mundo. Eu espero que esse rito democrático seja sinceramente respeitado.”
- Marina Helena (NOVO)
“A gente não pode tolerar a violência física e não dá pra gente continuar equiparando uma agressão verbal com uma agressão física, isso aí é o retrato à impunidade da nossa sociedade, não pode ser tolerado.”
- Tabata Amaral (PSB)
“Vamos fazer o oposto, vamos votar com esperança, vamos pensar nos nossos filhos. Essa é a melhor resposta, não é votar no menos pior, não é votar por medo, não é votar por baixo. São Paulo pode e merece muito mais”.
Boletim de ocorrência
Medina chegou a ser detido, mas foi liberado depois de assinar um termo circunstanciado na delegacia, onde o caso foi registrado como lesão corporal.
Lima chegou a ir para o hospital e tomou seis pontos no rosto. No registro da ocorrência, ele solicitou medida protetiva e pediu para que o caso seja investigado.
Após ser liberado, Medina afirmou que também registrou um boletim de ocorrência contra Lima. Ele alegou que também foi agredido.
“A gente estava no debate e ele começou a xingar todo mundo e tentar passar códigos para o Nunes. Eu fui tentar filmar pra mostrar como eles agem pelas costas, esses marketeiros, e criam narrativas. Ele foi com toda força em mim, jogou meu celular pra baixo, enfiou a mão na minha camisa e me arranhou até embaixo. Meu peito está todo vermelho”, explicou.
“Naquele momento eu só me defendi. Instintivamente foi aquilo que aconteceu e todo mundo viu. (…) Eu vim pra cá para gerar um boletim de ocorrência contra ele de agressão, porque ele me agrediu primeiro”, declarou.
Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB) participaram do debate e responderam questões de especialistas com foco em saúde, educação, segurança pública, acessibilidade, transporte e população em situação de rua.
Em cerca de duas horas, foram três blocos de perguntas e respostas e um com as considerações finais. A mediação foi feita pelo jornalista Carlos Tramontina.
Pelas regras, apesar de estarem lado a lado, não houve um momento em que um candidato perguntasse diretamente a um adversário. Todas as perguntas foram feitas por especialistas e eleitores.
Três direitos de resposta foram pedidos, por Boulos, Datena e Marçal e apenas o do ex-coach foi concedido.
Antes que o evento começasse, enquanto Nunes saía do estúdio, Marçal provocou o adversário e o chamou de “Tchutchuca do PCC”, “ladrão de merenda” e disse que “2025 você vai passar na cadeira”.
O prefeito, por sua vez, chamou o ex-coach de “condenadinho” e falou que ele “está roubando até apelido”.
O prefeito Ricardo Nunes, que disputa a eleição, era dúvida no debate. Ao chegar, contou que pensou em não comparecer porque tinha outras três agendas. “Conseguimos remarcar e estou aqui. É importante ter o debate para ter essa oportunidade de discutir a cidade”, afirmou.