Governador fez sua fala logo após a abertura do 4º Fórum de Energias Renováveis, em Porto Alegre
O governador Eduardo Leite ressaltou, na manhã desta quinta-feira, no 4º Fórum de Energias Renováveis, a importância do setor para o desenvolvimento econômico gaúcho. O chefe do Executivo fez sua fala por cerca de meia hora, logo após a abertura do evento, promovido pelo Correio do Povo e Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do RS (Sindienergia-RS), na PUCRS, em Porto Alegre.
Conforme Leite, é preciso investir em infraestrutura para garantir a resiliência do estado, mas criticou o que classificou como burocracia de Brasília para auxiliar o RS em medidas concretas, que reduzem a agilidade do envio de recursos necessários após as enchentes. “Quando faço algumas críticas ao governo federal, em nenhum momento estou adjetivando presidente da República, ministros ou outros, estou olhando projetos e ações. Meu papel não é fazer oposição ao governo federal, é ser gestor do estado. Muitos dos projetos até o momento (prometidos pelo governo) não viraram realidade por uma série de caminhos e burocracia”, disse o governador.
“A geração de energia para o RS, com a necessidade que temos, é uma oportunidade de desenvolvimento econômico muito relevante. Brigamos muito, especialmente no Congresso Nacional, para que possamos ter uma regulamentação e ter melhores condições de geração de energia. É uma luta, muitas vezes, difícil”, acrescentou. Leite salientou também a recente alteração na forma de pagamento da dívida estadual, a partir de resultado de votação no Congresso Nacional.
Disse ainda sobre a necessidade de observar a infraestrutura estadual e buscar criar sistemas redundantes para atender às necessidades da população. “Se há um risco em determinadas estradas e pontes, por conta de eventos climáticos, precisamos constituir alternativas. Não basta reconstruir uma ponte. Nós precisamos reconstruí-la com condições melhores para evitar a sua perda, mas sabendo que é preciso também haver uma estrada que serve de alternativa para aquela comunidade”, afirmou ele.
Afirmou também a relevância do hidrogênio verde, que, para ele, pode “impulsionar ainda mais a geração de energias renováveis no estado”. “Quero deixar aqui uma mensagem de otimismo. É claro que o impacto das enchentes foi sentido de forma muito contundente, mas a reconstrução do estado já é uma realidade”, disse o governador. “Se tem lugar no Brasil que vamos observar, e terá condições de suportar as mudanças climáticas é o Rio Grande do Sul. O Rio Grande do Sul saberá fazer destes episódios (das enchentes) um aprendizado, e teremos ações concretas para que possamos resistir aos efeitos das mudanças climáticas”, disse.